A posição supina, também conhecida como decúbito dorsal, é uma das posições mais comuns utilizadas em procedimentos médicos e exames de imagem.
Nessa posição, o paciente se deita de costas, com a coluna vertebral alinhada e as extremidades inferiores estendidas ou ligeiramente flexionadas para permitir o relaxamento dos músculos abdominais.
Os braços podem ser colocados cruzados sobre o tórax ou ao longo do tronco, e pode ser necessário o uso de um rolo para as mãos, a fim de garantir o conforto do paciente.
A cabeça e os braços também são apoiados com travesseiros, conforme a necessidade individual, e pode ser avaliada a remoção da pressão nos calcâneos para evitar lesões na região dos calcanhares.
Quais são as indicações da posição supina?
Essa posição é frequentemente empregada em exames de imagens, como radiografias, tomografias e ultrassonografias, pois facilita a visualização da região abdominal e pélvica.
Além disso, é amplamente utilizada em procedimentos cirúrgicos, especialmente em cirurgias abdominais, ginecológicas e urológicas, devido à melhor exposição das áreas a serem operadas.
A posição supina proporciona uma distribuição mais uniforme do peso do corpo, tornando-a mais confortável para o paciente durante procedimentos prolongados.
No entanto, como mencionado anteriormente, é importante estar ciente dos possíveis efeitos na mecânica respiratória do paciente, especialmente em cirurgias que envolvem anestesia geral, e tomar as devidas precauções para garantir a segurança respiratória do paciente durante o procedimento.
Quais são as vantagens e desvantagens da posição supina?
Vantagens
A posição supina ou dorsal, que é amplamente utilizada em cirurgias gerais e coloca o paciente deitado de costas na mesa de operação, é considerada a posição mais próxima da posição anatômica natural do corpo humano em repouso.
Em muitas cirurgias, essa posição oferece uma melhor exposição da área a ser operada e facilita o acesso aos órgãos e estruturas cirúrgicas.
Desvantagens
Em relação à capacidade respiratória do paciente, a posição supina pode afetar a mecânica respiratória, especialmente em cirurgias que requerem anestesia geral ou em pacientes com condições respiratórias preexistentes.
No entanto, os efeitos respiratórios da posição supina podem ser gerenciados adequadamente por meio de medidas perioperatórias apropriadas e monitoramento cuidadoso durante o procedimento cirúrgico.
Alguns dos efeitos respiratórios que podem ocorrer na posição supina incluem:
Redução da capacidade pulmonar
A posição supina pode levar a uma redução do volume pulmonar, o que pode levar a uma diminuição da capacidade respiratória.
A compressão do diafragma e dos pulmões devido à gravidade pode afetar a expansão pulmonar completa.
Redução da ventilação
A gravidade pode deslocar a base dos pulmões para cima, resultando em uma distribuição desigual do ar nos pulmões.
Isso pode levar a uma ventilação menos eficiente em algumas áreas dos pulmões.
Aumento do risco de atelectasia
A posição supina pode aumentar o risco de atelectasia, que é a colapso parcial ou total de uma parte do pulmão devido à diminuição do fluxo de ar.
A atelectasia pode afetar a troca gasosa e a oxigenação do sangue.
Prejuízo da mecânica da via aérea
A posição supina pode causar compressão da via aérea, especialmente em pacientes com obesidade ou distúrbios das vias respiratórias.
Quais são as medidas que podem minimizar os efeitos da posição supina?
Para minimizar os efeitos da posição supina na capacidade respiratória do paciente, os anestesistas e cirurgiões podem adotar algumas medidas, tais como:
Posicionamento adequado
Certificar-se de que o paciente esteja posicionado corretamente, com o alinhamento adequado do pescoço, cabeça e coluna vertebral para evitar obstruções na via aérea.
Monitoramento contínuo
Monitorar a oxigenação e a ventilação do paciente durante todo o procedimento cirúrgico para identificar qualquer alteração respiratória e agir prontamente, se necessário.
Manobras de recrutamento pulmonar
Utilizar manobras para recrutar áreas pulmonares colapsadas e melhorar a ventilação.
Uso de PEEP (pressão positiva ao final da expiração)
Em algumas situações, a aplicação de PEEP pode ser indicada para manter as vias aéreas abertas e melhorar a oxigenação.
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Conclusão
Em resumo, embora a posição supina possa afetar a mecânica respiratória do paciente durante cirurgias gerais, o impacto pode ser gerenciado por meio de medidas perioperatórias apropriadas e monitoramento atento.
É fundamental que a equipe médica esteja ciente dos riscos potenciais e tome as precauções necessárias para garantir a segurança respiratória do paciente durante o procedimento cirúrgico.