Você conhece as fases do trabalho de parto?
A princípio, é prudente conceituar trabalho de parto.
O que é trabalho de parto?
De acordo com o Ministério da Saúde (2017), o trabalho de parto é definido pela presença de 2 a 3 contrações uterinas em um período de 10 minutos, com ritmo e frequência regulares e e dilatação do colo uterino progressivamente a partir de 4 cm.
No trabalho de parto verdadeiro, as contrações uterinas são regulares.
Em obstetrícia, temos o que chamamos de falso trabalho de parto. E como reconhecê-lo?
Veja nas próximas linhas!
A gestante pode apresentar o que chamamos de falso trabalho de parto, que é caracterizado por uma atividade uterina elevada, no entanto, as contrações permanecem descoordenadas.
No falso trabalho de parto, não ocorre a dilatação da cervice uterina e as contrações cessam em pouco tempo.
É importante o profissional de enfermagem ou médico saber identificar o trabalho de parto falso porque a mulher tende a ficar muito ansiosa pelo nascimento do seu filho e a evitar admissão precoce e intervenções desnecessárias, além de ocasionar uma experiência negativa.
O trabalho de parto verdadeiro só ocorre quando há 10 cm de dilatação da cervice e 3 a 4 contrações regulares em 10 minutos.
As fases do trabalho de parto envolve quatro períodos:
Vamos agora, estudar cada uma dessas fases separadamente.
Trata-se da primeira fase do trabalho de parto envolvendo a dilatação da cervice.
O primeiro período do trabalho de parto inicia-se com as contrações do dolorosas. Essas contrações são responsáveis por fazerem com que a cervice comece a se dilatar.
À medida que as contrações dolorosas vão acontecendo, a cervice vai dilatando. Assim, quando a dilatação estiver em 10 cm, ocorre o término do primeiro período de trabalho de parto.
Neste estágio ocorre o nascimento do bebê!
Após o período de dilatação ou apagamento (quando a cervice atinge uma dilatação de 10 cm), inicia-se o período expulsivo, ou seja, ocorre o nascimento do bebê.
Para que a fase do trabalho de parto seja considerado como o expulsivo é preciso que haja dilatação cervical total, presença dos puxos maternos e, geralmente, pela rotura espontânea das membranas amnióticas.
Neste momento há a descida da apresentação (um parto sem risco é aquele que ocorre na apresentação cefálica, ou seja, a cabeça do bebê desce para o canal vaginal) e, a partir dai, complementam-se os fenômenos do parto, que são:
Além disso disso, o período expulsivo do trabalho de parto apresenta as seguintes características:
O período expulsivo termina com término do nascimento do bebê.
Nesse estágio ocorre a separação e expulsão da placenta (dequitação).
Após 5 a 10 minutos após a expulsão do feto, ocorre a separação e a expulsão da placenta, um processo chamado de dequitação.
Em outras palavras, dequitação compreende o desprendimento, a descida e a expulsão da placenta e das membranas.
Os principais riscos para a mulher são quadros de hemorragia que podem surgir durante ou após essa separação e a retenção de restos placentários.
É importante o profissional médico ou enfermeiro avaliar a integridade da placenta e também cordão umbilical a fim de averiguar se não há restos placentários presos no útero materno.
Diante da incerteza, é preciso inspecionar a cavidade uterina e caso tenho restos placentários, é necessário realizar uma curetagem uterina para retirar totalmente os restos da placenta que ficaram para trás.
O pós-parto imediato inicia-se depois da quitação da placenta e estende-se, aproximadamente, de uma a quatro horas após o parto.
É nesse período, que ocorre o maior risco materno devido a possibilidade de surgimento de grandes hemorragias, principalmente por atonia uterina.
O útero precisa realizar contrações com a finalidade de estancar os vasos sanguíneos que foram rompidos após a saída membranas.
Caso não ocorra contração do útero, o que chamamos de atonia uterina, podemos ter hemorragias e óbito materno.
Neste sentido, é importante que a equipe de enfermagem afira a cada 15 minutos, os sinais vitais especialmente a pressão arterial e o pulso, durante a primeira meia hora após o parto.
Além disso, o tônus uterino deve ser verificada a cada 15 minutos, durante as 2 primeiras horas após o parto, em todas as puérperas e também a presença de sangramento.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento: informações para gestores e técnicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Acesso em 11 de fev. de 2021. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf>.
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