Você sabe o que é disfagia?
A disfagia é um sintoma que se caracteriza pela dificuldade de engolir alimentos ou líquidos e pode ser causada por problemas neurológicos ou estruturais.
Esse distúrbio de deglutição pode levar a sérios prejuízos nutricionais, resultando em desidratação, perda de peso, desnutrição e piora do prognóstico clínico.
Por isso, é essencial que pacientes com disfagia sejam avaliados e acompanhados por uma equipe multidisciplinar para receber orientações adequadas sobre a forma mais segura de se alimentar e as modificações dietéticas necessárias para sua recuperação ou tratamento.
A deglutição normal é um processo altamente coordenado e complexo que permite que os alimentos e líquidos sejam transportados da boca até o estômago de forma segura e eficiente. Vamos explorar as principais etapas desse processo:
Essa fase ocorre antes do início da alimentação.
Nela, o cérebro inicia a preparação para a deglutição ao reconhecer visualmente os alimentos, identificar os sabores e odores, além de envolver fatores cognitivos associados ao desejo de se alimentar.
Quando a pessoa coloca o alimento na boca, inicia-se a mastigação, quebrando o alimento em pedaços menores.
Nessa fase, também ocorre a mistura do bolo alimentar com a saliva, tornando-o mais fácil de engolir.
O bolo alimentar é posicionado no dorso da língua, pronto para a próxima etapa.
Nessa fase, o bolo alimentar é empurrado para a parte de trás da boca e entra na faringe.
É uma etapa voluntária, que envolve o controle consciente do processo de deglutição.
Uma vez que o bolo alimentar chega à faringe, a deglutição passa a ser uma resposta reflexa e involuntária.
A faringe é responsável por direcionar o bolo alimentar para o esôfago, enquanto protege as vias aéreas para evitar que os alimentos entrem nas vias respiratórias.
Com o bolo alimentar agora no esôfago, o processo de deglutição continua por meio de movimentos peristálticos.
Esses movimentos rítmicos empurram o alimento para o estômago, passando pelos dois esfíncteres esofágicos – o esfíncter esofágico superior (SFE) e o esfíncter esofágico inferior (EEI).
O relaxamento coordenado dos esfíncteres esofágicos é fundamental para permitir que o bolo alimentar passe do esôfago para o estômago, evitando o refluxo.
Em conjunto, essas fases da deglutição normal garantem que o alimento seja transportado com segurança, permitindo que o processo de digestão ocorra adequadamente no estômago.
Qualquer alteração nesse processo pode resultar em disfagia, levando a dificuldades na deglutição e potenciais complicações de saúde.
Por isso, é importante compreender a deglutição normal e estar atento a qualquer sinal de problemas para buscar ajuda médica e tratamento adequado, caso necessário.
A disfagia é um sintoma sério que pode afetar a qualidade de vida e a saúde nutricional de uma pessoa.
Felizmente, estudos como o de Felix et al. (2017) têm contribuído significativamente para melhorar a identificação e o manejo dessa condição.
A classificação proposta por esses pesquisadores, baseada em achados endoscópicos e a presença de complicações, divide a disfagia em três categorias distintas: leve, moderada e grave.
Na disfagia leve, os pacientes apresentam pequenas retenções de alimento nos recessos faríngeos, sem sinais de penetração nas vias aéreas ou ocorrência de complicações recorrentes.
Embora os sintomas estejam presentes, eles não impactam severamente a qualidade de vida do paciente.
Já na disfagia moderada, a estase de alimento nos recessos faríngeos é mais evidente, e pode haver sinais de possível penetração nas vias respiratórias ou aspiração em pequenas quantidades.
Nessa categoria, os pacientes podem enfrentar episódios esporádicos de pneumonias e ter prejuízos nutricionais que afetam a alimentação e nutrição.
A disfagia grave é a categoria mais preocupante, caracterizada por extensa retenção de alimento nos recessos faríngeos e ocorrência de aspirações volumosas.
Pacientes nessa classificação são mais propensos a apresentar pneumonias recorrentes e podem sofrer com desnutrição e problemas de saúde graves.
Essa categoria exige atenção médica e tratamento especializado para garantir a segurança alimentar, nutricional e respiratória do paciente.
A classificação proposta por Felix et al. é de extrema importância para orientar os profissionais de saúde na identificação e abordagem da disfagia.
Ao reconhecer a gravidade do quadro, é possível direcionar os cuidados e intervenções adequadas para cada paciente, melhorando sua qualidade de vida e evitando complicações.
A disfagia não deve ser negligenciada, e a pesquisa contínua nesse campo é fundamental para aprimorar o tratamento e os cuidados oferecidos a quem enfrenta esse desafio.
A disfagia é um distúrbio persistente e pode ser resultado de várias causas, incluindo problemas neuromusculares, neurodegenerativos, induzidos por drogas ou estruturais, como tumores de cabeça e pescoço ou complicações cirúrgicas e de radiação.
A gravidade da disfagia pode variar de leve a grave, dependendo do grau de comprometimento do processo de deglutição.
Os sintomas relatados por pacientes com disfagia incluem dificuldade para engolir, mesmo de saliva, engasgos, tosses, sensação de afogamento, voz úmida ou borbulhante, boca seca, sensação de um nódulo na garganta, dor ao engolir, regurgitação nasal de alimentos, entre outros.
Além disso, a disfagia pode levar a complicações graves, como desidratação, desnutrição e pneumonias aspirativas, aumentando o risco de morte.
Em resumo, a disfagia é um sintoma que indica dificuldade na deglutição de alimentos e líquidos, podendo ser causada por diversas condições neurológicas ou estruturais.
Seu diagnóstico e tratamento adequados são fundamentais para evitar complicações nutricionais e melhorar a qualidade de vida do paciente.
A abordagem multidisciplinar é essencial para avaliar, acompanhar e fornecer as orientações necessárias para garantir a alimentação segura e apropriada para cada caso.
Felix VN et al. Disfagia Orofaríngea e Implicações Nutricionais. In: Waitzberg DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 5ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017. Cap. 144, p. 2275-2301.
POTTER, Patricia A et al. Fundamentos de enfermagem. 9 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1360 p.
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