Você sabe o que é salinização de cateter?
Salinização de cateter é um termo muito utilizado pelos profissionais de enfermagem e que pode gerar muitas dúvidas em profissionais recém-formados e estagiários.
Trata-se de uma prática de irrigação com solução salina sob pressão positiva, realizada em períodos regulares dos dispositivos vasculares.
Em outras palavras, salinização de cateter é a injeção de soro fisiológico através do cateter que está instalado no paciente. Essa irrigação, que é realizada utilizando uma seringa, promove uma lavagem da via de acesso periférico do paciente permitindo a manutenção da permeabilidade do equipamento.
Além disso, o soro fisiológico retira restos de medicamentos acumulados dentro do cateter. Isto evita interação medicamentosa com outros medicamentos que possam ser administrados por essa mesma via.
Quais são os objetivos da salinização de cateter?
Os objetivos da salinização são:
- Manter a permeabilidade do cateter;
- Garantir a infusão do medicamento que possa ter ficado dentro do cateter após o término da mesma;
- Evitar o retorno sanguíneo; e
- Prevenir interação medicamentosa decorrente de restos de medicamentos presos dentro do cateter.
Quando devemos realizar a salinização?
É importante realizar a lavagem do cateter antes e após a administração de medicamentos e após a administração de sangue e hemoderivados.
Além disso, deve-se realizar a salinização do cateter sempre que for trocar a infusão de modo contínuo para a intermitente.
Caso o cateter não esteja sendo usado, deverá ser realizado a lavagem de 12 em 12 horas.
Isso é muito importante.
Quais orientações devem ser dada ao paciente antes do início do procedimentos?
Antes de qualquer procedimento de enfermagem junto ao paciente, o profissional de enfermagem deve ser cordial cumprimentando-o e logo em seguida, explicar-lhe o objetivo e o que será realizado.
Quais são os materiais necessários?
No procedimentos iremos utilizar:
- Bandeja com algodão embebido em álcool 70%;
- Seringa 10 ml;
- Agulha para aspiração 40×12 ou 25×8;
- Frascos de soro fisiológico a 0,9% 10 ml;
- Gaze umedecida em clorexidina alcoólica.
Como realizar a salinização do cateter?
Vamos descrever o procedimento nos passos abaixo:
- Antes de executar qualquer procedimento, deve-se lavar as mãos conforme a técnica correta;
- Em seguida, é necessário realizar a desinfecção da bandeja utilizando algodão embebido em álcool 70%;
- Agora iremos separar o material necessário: seringa de 10 ml, agulha para aspiração de tamanho 40×12 OU 25X8, frascos de solução fisiológica a 0,9% de 10 ml e gaze umedecida com clorexedina alcóolica;
- Pegue a seringa e acople a agulha;
- Proceda a aspiração do frasco de soro;
- Em seguida peque a gaze umedecida com clorexedina alcoólica e faça a desinfecção da via ou vias do cateter;
- Retire a agulha e acople a seringa no cateter desclampando o mesmo;
- Agora administre no mínimo 2 vezes o volume da capacidade do cateter;
- Após a término do procedimento, realizar a desinfecção da via utilizando gaze umedecida com clorexedina alcoólica;
- Em seguida, feche as vias com tampinhas estéreis;
- Despreze todo o material utilizado em lixo apropriado;
- Realize a desinfecção da bandeja com álcool 70%; e
- Realize higienização das mãos.
É importante mencionar que se houver resistência durante a administração do soro, não fazer pressão pois provavelmente perdeu-se o dispositivo perdeu o acesso venoso.
Além disso, deve-se frisar que cada lúmen deverá ser lavado independente se está sendo usado ou não.
É importante mencionar que seringas com menos de 10 ml podem gerar uma pressão maior capazes provocar rompimento do cateter e por isso não são recomendadas.
Outro detalhe muito importante é aspirar o dispositivo para verificar se há retorno venoso antes da administração de medicamentos e soluções. Isso irá dar a certeza da permeabilidade do dispositivo.
Em pacientes com restrição hídrica, a salinização do cateter deverá ser avaliada ao final de 24 horas.
O que registrar?
O profissional de enfermagem deverá registrar:
- O volume de solução utilizada;
- Avaliação do estado geral do paciente;
- Avaliação de fluxo e refluxo de sangue;
- Avaliação do curativo.
Bom, terminamos!
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Bons estudos!