Você conhece os 9 certos da enfermagem?
São eles:
1 – Paciente Certo
2 – Medicamento Certo
3 – Hora Certa
4 – Tempo Certo
5 – Dose Certa
6 – Via Certa
7 – Validade Certa
8 – Abordagem e Resposta Certa
9 – Registro Certo
A princípio, é dever dos profissionais de enfermagem “prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência” (Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, 2017).
Imprudência é agir com falta de cuidados. Seguir os 9 certos da enfermagem é prevenir erros de medicação por imperícia, imprudência e negligência.
Erros de medicação, podem ser conceituados como qualquer evento que pode ser evitado e que foi gerado através do uso inadequado do medicamento, estando este sobre a guarda do profissional de saúde ou do paciente.
Vamos nos aprofundar em cada um dos 9 certos da enfermagem?
Administrar medicamentos no paciente errado pode gerar consequências incompatíveis com a vida. Assim, o Ministério da Saúde (2013), recomenda que sejam utilizados no mínimo 2 identificadores para que seja confirmado o paciente correto.
Nessa etapa, profissional de enfermagem deve realizar perguntas abertas tais como:
Qual é o seu nome completo?
Além disso, também deve ser verificado:
O nome presente na pulseira de identificação do paciente;
O nome identificado no leito do paciente;
O nome identificado no prontuário do paciente.
Caso o paciente esteja com o nível de consciência mais baixo, impossibilitando-o de confirmar o nome completo, será necessário verificar o nome na pulseira do paciente e associar, no mínimo, mais três identificadores.
Após confirmar o paciente, é chegada a hora de conferir se a medicação em mãos é a mesma prescrita.
Depois é necessário verificar se o paciente apresenta alergias a algum dos componentes da fórmula do medicamento. Em caso positivo, é necessário anotar no prontuário, na pulseira e também avisar toda a equipe.
Além disso, anote também no prontuário, todos os fatos observados pela equipe, sejam reações adversas, efeitos colaterais ou erro de medicações.
O paciente deverá receber doses do medicamento no horário que foi prescrito, para evitar problemas de absorção, como em casos de interação medicamentosa.
Uma Interação medicamentosa é definida como um evento que ocorre quando um medicamento reage com outro medicamento ou alimento/bebida, podendo causar efeitos colaterais ou aumentar/diminuir a eficiência do tratamento medicamentoso.
Além disso, quando o medicamento não é administrado na hora certa, pode ocorrer toxidade ou uma concentração plasmática incapaz de provocar efeito terapêutico.
Assim, a medicação deve ser aplicada no horário previsto.
O profissional de enfermagem deverá ficar atento ao tempo previsto na prescrição, por exemplo, se for de 30 em 30 minutos ou de 4 em 4 horas.
Tempo certo, envolve também, controlar adequadamente o gotejamento de soro seja de forma manual ou em bombas de infusão contínua, de acordo com a prescrição médica.
Antes do preparo da medicação, o profissional de enfermagem deve certificar-se da dose verificando a prescrição, lendo com atenção mais de uma vez.
Antes de realizar a administração da medicação, deve-se certificar da via correta verificando a prescrição médica, lendo, mais de uma vez e só depois, realizar a administração.
Antes de preparar a medicação, o profissional de enfermagem sempre deverá conferir a data de validade da medicação.
Nunca se deve administrar uma medicação vencida no paciente
Antes realizar a administração do medicamento, deve-se orientar o paciente sobre o procedimento, esclarecendo dúvidas e, caso haja recusa, respeitar o direito de recusa do paciente.
Em primeiro lugar, é preciso dizer ao paciente qual medicação será administrada, qual a via e o mecanismo de ação do medicamento que será realizado no procedimento.
Vale enfatizar que a comunicação deve ser clara e objetiva.
Após realizar a ministração do medicamento, o profissional de enfermagem deve registrar no prontuário como foi realizado o procedimento, se houve aceitação e as queixas do paciente.
BRASIL. Resolução COFEN n. 311/2007, aprova a reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Disponível em: www.portalcofen.gov.br
MIASSO, A.I et al. Erros de medicação: tipos, fatores causais e providências tomadas em quatro hospitais brasileiros. Revista Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v.40, n.4, p.524-532, 2006.
Rodrigues Et Al. Assistência Segura ao Paciente no Preparo e Administração de Medicamentos. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, Vol.38, No.4, Mai, 2018. Disponível em <www.scielo.br>. Acesso em 30 de dez. de 2020.
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